O luto não é uma situação fácil, quem tem um pet e pensa sobre esse assunto, ou já teve algum que se tornou uma linda estrelinha, sabe o qual difícil é essa situação.

Para a psicologia o luto é necessário para o ser humano seguir em frente, e de certa maneira é algo normal a qual todo ser humano passa na vida, ou seja, sendo um processo natura para a nova fase de vida, uma certa adaptação.

Entre eles estão os estágios de:

Choque, Negação, Ira , Depressão ,Integração e Transformação.

Dependendo da situação de como ocorreu o início para o luto, pode ser traumático e dependendo de como o ser lidar com o luto, seria legal a procura de um profissional da área da psicologia, para assim ter uma ajuda nessa nova e dolorosa transição.

Mais não quero entrar em termos técnicos nesse texto, procuro trazer mais o lado espiritual da partida.

Segundo a visão espírita, todos os animais têm sua passagem garantida para o Rancho alegre, logo atrás da ponte do arco – íris, um lugar perfeito onde eles são cuidados e onde foram recebidos com muito amor e respeito.

Até receber sua nova jornada na vida, pois assim como nos, seres humanos, os animais também procuram sua evolução, e claro somos privilegiados nessa evolução, pois eles trazem o amor puro e alegria genuína , aquela alegria que surge com o simples.

Pode ocorrer de uma volta a sua antiga família, mas claro isso se a família for digna de tal proeza.

A um tempo atrás li um livro espírita, muito bom por sinal, onde tem muitas explicações sobre o mundo espiritual dos peludinhos.

O nome do livro é Todos os animais merecem o céu do autor Marcel Benedeti.

Para aqueles que estão passando por um doloroso processo de luto, ou até mesmo existe uma certa curiosidade, fica a sugestão desse livro.

(É uma excelente leitura, me ajudou muito XD.)

Trás um bom entendimento sobre o assunto e de certa maneira acalanta o coração, pois de certa forma acaba nos dando uma boa esperança de que estão em um lugar melhor e estão sendo bem cuidados.

E talvez um dia quando a hora chegar, seja possível um reencontro.

O legal nisso tudo é que de fato essa ideia conforta o coração, e isso acaba que de certa maneira ajudando no processo do luto.

A visão espírita de um modo geral é o qual mais me cativa e faz sentindo entre tantas outras visões religiosas.

A ideia de uma vida após a morte, um reencontro, um acerto, um contrato entre almas para poder alcançar a evolução espiritual e um auxiliando ao outro para chegar a evolução, é algo tão humanizado e demonstra um amor tão brando ao próximo.

E o bom nisso tudo é que os animais não ficam de fora, claro, não poderia ser diferente, pois somos todos criação do mesmo criador.

A minha experiência com o luto pet, foi de aceitação, para ser mais exata, minha princesinha partiu com seus 19 aninhos de vida.

Entendi e compreendi que ela descansou o seu corpinho cansado e que sua hora infelizmente havia chegado, porem não a abandonamos em momento algum, lutamos e fizemos até onde nos foi permitido, ou seja, fizemos tudo aquilo que esteve em nosso alcance, mais contra a idade avançada, não há muito o que se possa fazer.

Porem mesmo tendo o entendimento que ela descansou e seu sofrimento não foi tão prolongado, ao ponto de ter que pensar na hipótese de eutanásia, (sinceramente essa situação não gosto nem de pensar, pois nem sei oq faria).

Mesmo com todas essas situações, ainda sim foi inevitável o não sentir do luto.

Foi um processo doloroso, porém não revoltante, mais muito doloroso, um sentimento de vazio, uma saudade tão grande.

E através desse livro o qual mencionei acima, consegui de certa forma tranquilizar um pouco o meu coração.

Nos dias atuais já faz 3 anos que Melinha partiu, e durante um tempo  sentia sua presença, algumas vezes escutava seu chorinho manhoso, outras vezes o som de suas patinhas, tinha sonhos e uma certa vez até sentir ela subindo na cama.

E não foi coisa da minha cabeça, pois a sentia aqui.

(Não teria como não sentir a presença dela, visando que todos nós, além de carne e o ossos, somo energia, e energias são inevitáveis de não sentir, principalmente quando existe uma grande elo, mais me aprofundarei sobre esse assunto em uma futura publicação).

O dito popular diz que após um desencarne, se os parentes, amigos e os próximos ficarem chorando, sofrendo, acaba atrapalha na transição do ente querido, com os animais não seria diferente.

Após a partida da minha querida Melanie. Durante a parte do dia sempre estava fazendo algo para poder de certa maneira não pensa sobre e preencher a mente e nas noites ao deitar, chorava até adormecer, algumas vezes até o amanhecer.

E esse processo foi durante um longo e doloroso mês.

Até o momento em que ocorreu um sonho, nesse sonho um jovem rapaz, vestido todo de branco, chegava com um lindo filhote em seus braços, e trazia até a minha cama.

Eu a pegava no colo e sabia que era a minha Melanie.

Ela estava linda como sempre, uma baby bem amorosa como era de costume.

Abracei e beijei e acima de tudo fiquei muito feliz em vê-la novamente e de saber que ela estava sendo bem aparada e não estava sozinha, estava sendo cuidada com muito amor e carinho, tive todo esse entendimento no momento em que a vi e tive a honra de ter - lá mais uma vez em meus braços, minha aumada peludinha.

Porem me recordo nitidamente do que o rapaz me falou, que era para eu pegar outro peludinho.

Após essa experiência, que acredito fielmente que foi além de um sonho.

Com essa experiência, de certa maneira tive o entendimento de que a minha sofrência, estava afetando a Melanie, de forma negativa e a mim mesma.

E então comecei a procurar por uma outra peludinha e encontrei a Ártemis minha aumada caçulinha.

Em fim minha Ártemis chegou e trouxe de volta ao meu lar a alegria, e acabou com aquele vazio que a Melanie havia deixado com sua partida.

Não que uma substitua a outra, não é isso. Cada uma é um serzinho especial e com suas peculiaridades.

Nos dias atuais, no lugar da dor, das lágrimas, restou apenas aquela doce saudade, as doces lembranças, o amor e a certeza de que ela nunca ficou desamparada e sempre teve um alguém por ela.

(Meu maior medo era de que ela ficasse sozinha, pensava se teria um alguém que cuidaria dela, como seria e coisas do tipo).

Porem após esse sonho meu coração encontrou um conforto, pois tive a resposta de que estava tudo bem.

Uns dias antes da Melanie partir, minha mãe teve um sonho, onde um cachorro de porte grande, com a pelagem branca e bem cheia surgia no quarto delas e vinha em direção a Melanie, que estava em sua caminha, ela levantava e seguia ele e ambos saiam de nossa casa.

Minha mãe foi atrás mas já era tarde demais, eles tinham sumido.

Depois desse sonho a Melanie adoeceu e após uns 9 dias partiu.

Com todos esses fatos, sendo eles, sonhos, certas formas de se auto confortar, o som de uns chorinhos manhosos e de patinhas sobre o piso frio e não posso deixar de mencionar minha doce intuição, fica bem nítido para mim, que de fato ela somente fez um viagem.

Os sinais estão presentes a todos os momentos, porém as vezes passam despercebidos, por serem sutis e outras apenas ignoramos por medo do desconhecido, pelo achismo de outros, ou até mesmo o preconceito daquilo que não sabemos de fato.

Mais eles estão e sempre tiveram presentes.

Se você está, passando por um momento difícil do luto, acredite que sempre existira um local melhor onde nossos queridos peludinhos estão e pode acreditar que estão alegres e saltitantes.

E que Deus em sua infinita bondade faça com que o conforto chegue em seu coração.

E se você chegou até aqui, saiba que não foi em vão.

Fica a dica do livro, e te desejo uma boa leitura ;).